segunda-feira, 2 de maio de 2011

Improvisação


Intimamente relacionada com a criatividade, a improvisação é também uma parte integrante em vários estilos musicais tais como o Jazz, o Blues ou o Rap. O neurologista Charles J. Limb decidiu explorar como a improvisação “acontece” no cérebro humano.

Para isto desenvolveu uma experiência em que, através de ressonâncias magnéticas funcionais e com a ajuda de um pequeno teclado, tirava imagens ao cérebro de pianistas Jazz enquanto tocavam algo que tinham memorizado e, noutra fase, improvisado no momento. Estas imagens iriam mostrar que áreas do cérebro estariam activas enquanto se tocava algo memorizado e improvisado.

De acordo com as imagens, durante a improvisação as áreas do córtex pré-frontal lateral reduziram a sua actividade enquanto as áreas do córtex pré-frontal mediano aumentaram. Estudos indicam que as primeiras estão relacionadas com acções planeadas e introspecção, ao contrário das segundas, que se relacionam com actividades de expressividade própria. Isto significa que quando improvisamos estamos dispostos a cometer erros, a experimentar e inibimos acções que nos ”proíbem” de explorar novos caminhos.

Contudo Charles Limb decidiu realizar outra experiência em que ele e um pianista (que se encontrava na máquina de ressonância magnética) improvisavam à vez, ou seja, enquanto um acompanhava o outro improvisava durante quatro compassos e depois trocavam, e assim sucessivamente. O que se constatou foi que, durante esta experiência, a área de Broca, área associada à produção de linguagem, se encontrava intensamente activa, o que sugere algo que muitos músicos dizem: quando um músico improvisa está a contar uma história.

Aqui fica o link duma palestra TED muito interessante respeitante a este tema:

http://blog.ted.com/2011/01/05/your-brain-on-improv-charles-limb-on-ted-com/

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